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07/05/2019 21h38 - Por FabrÃcio J. de Paula - Administrador
Algumas startups do segmento de software de ponto eletrônico tem oferecido um universo mágico, onde tudo é fácil e prático, ignorando a legislação vigente do país. Algumas ousam afirmar que relógio ponto é coisa do passado. Sabemos que a tendência é cada vez pela agilidade e otimização dos processos, tornando o registro de ponto cada vez mais flexível, porém ainda não há total jurisprudência para uso 100% do registro em aplicativos móveis, não homologados pelo MTE. Os aplicativos devem atuar de forma complementar, auxiliando os gestores e interagindo com colaboradores. Empresas estão sendo autuadas pelo uso único de aplicativos para registro de ponto.
Diante disto, algumas startups já estão buscando parceria com empresas consolidadas no mercado, tentando garantir uma plataforma confiável de cálculos e que estejam em conformidade com a legislação trabalhista brasileira.
Sabe-se que a maioria das startups não dispõe de todos os elementos de que precisa para decolar. As notícias sobre o surgimento de vários unicórnios no Brasil e o aumento dos investimentos bilionários em startups brasileiras, às vezes, escondem dados alarmantes sobre as dificuldades de se sobreviver em um ecossistema tão nefasto quanto o nosso. É verdade que estamos prosperando em diversos aspectos, mas os desafios ainda existem para a maioria das empresas que querem crescer.
No Brasil, segundo o IBGE, cinco anos após serem criadas, pouco mais de 60% das empresas já fecham as portas. E não é só no Brasil, empresas falham também no Vale do Silício.
A startup Gumroad, um e-commerce que permite que pessoas vendam produtos diretamente aos consumidores, chegou ao mercado em 2011, e rapidamente arrecadou US$ 8 milhões, em uma rodada liderada pela Kleiner Perkins Caufield & Byer (KPCB). Em 2015, a startup foi considerada uma das 50 empresas mais inovadoras na área de design pelo site Fast Company. Oito meses depois, o CEO estava demitindo 75% do pessoal para pagar as contas.
Certamente, o transtorno e custas trabalhistas são infinitamente maiores que um bom software de gestão de ponto eletrônico. Prefira empresas consolidadas, estruturadas, que já tenham acompanhado nas últimas décadas a evolução da inteligência no tratamento de ponto. Desta maneira, sua empresa estará legalmente amparada.
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